Feliz Natal

Finalmente entrei!

E não é que estava mesmo difícil. Nesta altura o que mais se afigura diante qualquer pessoa são filas e mais filas, intermináveis ajuntamentos de seres iguais ou parecidos com aquele que nos aparece no espelho todas as manhãs (sim, eu sei que nem sempre acordo de manhã mas a criatura que aparece sempre, em todos os momentos ditos de reflexão, mora lá, por isso de manhã enquanto eu durmo já lá deve estar). Seres, assim com cabeça, tronco e membros, nem me atrevo a conjecturar se de facto têm algo para além disso. E todos esperam ou se não esperam, desesperam, atropelam-se juntamente com os sacos que trazem nos ditos membros, e as criancinhas que levam atrás e gritam porque não passaria de um projecto de fila, à bela portuguesa, se lá faltasse a criança aos gritos.

É sempre bom ter companhia para estas esperas, ainda mais se for para entrar num sítio onde já estivemos e tivemos de sair, o Spot (esta é em honra do puto maravilha, o Gonçaleco) do momento! Depois de assuntos pendentes resolvidos há que voltar ao carrossel, ou seja fila de espera para voltar a entrar, e entretanto as minhas companheiras de espera Mia e Juanitta já tinham desistido, e devem estar neste preciso segundo a ganhar coragem para voltar a tentar entrar, com mais atitude.

Batalhei-me com um longo percurso de seca, e ao frio, estava quase a chegar à entrada, quando reparo que se trata de uma falsa entrada. Aí! O que eu detesto estas coisas de estar à espera (gosto é de ser encaminhada directamente para o red carpet, que é para meninas lindas como eu, VIPs, inside and out), eu que até sou uma pessoa paciente para um sem número de situações. A falsa entrada não era mais do que uma porta, que dava para um hall, repleto de mais seres e de mais esperas. Mas no momento em que tudo se estava a complicar é que eu queria mesmo entrar, pensei "Eu mereço! É de pessoas como eu que isto precisa, bem dispostas e com vontade de cá estar, e não estes grupos de sacos e sacolas, brilhantes e enfeites". Tinha a certeza que metade das pessoas que lá estavam ainda não tinham reparado que já tinham entrado e andavam por ali como se nada se passasse a cantarolar uma qualquer musiquinha, só depois de entrar é que iria saber.

E entrei! O sitio está composto, muito mais habitado do que pela altura da minha primeira aparição por estas bandas este ano, bom ambiente! Ainda bem que vim! Já ando de sorriso de orelha a orelha a cantarolar Rudolph the rain deer, ou mais o mais local A todos um bom Nataaaaaaal. Agora aguardo com prazer as prendinhas. Gosto tanto de dar prendas, mais do que receber (será que Freud explica?).

É óptimo entrar no Espírito de Natal. Quem quiser vir cá ter já sabe que a porta está aberta a todos e o mix do Natal está quase a sair do forno.

*** Feliz Natal ***

Beijos & Abraços

É como tem de ser sendo sobre o que é.

Mistura de passado e presente, particular e geral, bruto, cru e real. O texto é gritante no seu autor mas não deixa por isso de ser bom. Talvez não calhe bem a comparação, mas tal como Woddy Allen não consegue sair de si e do que é, para escrever, ou realizar, exaustivamente os seus filmes e textos, em modo sermão aos peixes, também Luís Assis ganha corpo nas suas palavras em palco, com a diferença de essa separação não me parecer sequer objectivada. Transparecem essas vivências que ajudam a dar consistência ao que poderia passar facilmente para o banal, sofreguidão necessária nos momentos chave.
Não falta a provocação ao público, o "olhar" sobre a sociedade, homofobias intrínsecas e extrínsecas, hipocrisias, falsos moralismos and so on.
Deu-me mais do que aquilo que pedi ou esperava (porque não esperava, acho que o ideal é não esperar, ir que nem tábua rasa para qualquer tipo de espectáculo). O pontapé no estômago é marca daquilo que tem qualidade. Coleccionei aquilo que só boas as peças me dão: um nó na garganta de angustia, adrenalina, uma lágrima, uma bela gargalhada, um suspiro, um sorriso.
Os meus parabéns a todo o elenco e produção.

Esteve no Teatro Comuna e aconselho vivamente a quem possa ir ver, no caso de uma reposição.
Saber mais aqui.

Tarot

Síntese: A Força

É o triunfo da inteligência sobre a brutalidade. Representa persuasão, trabalho, vitalidade, confiança nas suas potencialidades, nos seus valores morais e ideológicos. É uma personalidade dominadora, séria e carismática e muitas vezes indica a solução para problemas sentimentais. Este arcano, que em alguns tarôs aparece com o nome de Persuasão, indica a vitória da razão sobre os impulsos e os desejos inferiores. Indica o sucesso conquistado pelo esforço, a coragem, a capacidade de solucionar contratempos e o domínio do Eu. Também simboliza a energia sexual.

Fiquei confusa! Afinal é a vitória da razão ou da energia sexual?

Prendita adiantada

Hoje deixo aqui adiantada uma prendita de Natal para a minha querida amiga Mia que teve um dia atribulado. Andei à procura de uma boa garrafa de vinho mas so encontrei esta, acho que é espumante.

Se não gostares devolve ao remetente sff.

Momentos

Hoje, falava com um amigo sobre momentos, mais precisamente sobre momentos All Bran. A vida é feita de momentos (estas frases, saídas de um qualquer guia Dalai Lama, dão carisma e espiritualidade a qualquer post, logo depois vem o parêntesis que arruína o pré-citado sinal de espiritualidade, conclusão parentesiana, sou uma espírita em negação (tema a desenvolver proxainement) gosto mesmo de parêntesis, aconchegam assim as palavritas, lá dentro, como se as aquecessem... já estou a divagar). Falava eu de momentos e do PD, meu mais do que querido amigo, a defender a sua noite de futebol como momento cereal! Através de uma conexão alguma difusa de pensamentos e de ideias cheguei ao momento do sorriso, ou mesmo da gargalhada estridente, que se deleita em mim sempre que me encontro com estes dois (adoro!):

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PS.: Ainda me lembro quando me disseram que o Pai Natal não existia, fiquei mesmo triste!