Dos rótulos...

...reza a história que todos somos rotulados assim que nascemos! (não)

...diz-se que crescemos dentro e para dentro de uma sociedade esterotipada, e logo nos inserimos num grupo que nos define! (também não)

...há os verdes do vidrão, os vermelhos do pilhão, os azuis que ganharam o campeonato.. ( argh!)

...conheço os do super-mercado, os que têm os códigos de barra, os que dizem os ingredientes, os da validade. Para mim um rótulo* é uma "coisa com cola"!
Rotular pessoas é uma coisa tão primitiva como a coca-cola
(castanha e com gás - não, mas também podia ser),
como toda gente sabe a coca-cola é velhinha e do tempo do Pai Natal, que tem cabeleira branca logo é velhinho também!

A verdade é que me irrita alguma da rotulagem vigente na actualidade aqui do rectângulo português
(do resto também mas é pau de canela para outro café),
e irrita-me porque, como ser social que sou, queria ter o tal carimbo que explicasse os meus passos, aquilo que faço e deixo de fazer, uma carta astral psico-sociológica, e... não tenho! Isto porque já o procurei e nenhum me serve
(número acima ou número abaixo simplesmente não acenta que eu sou uma mulher com curvas).

Daí o "Xaram", o fez-se-me luz:
sou Pseudo!
Que é a rejeição da definição mas algo que se aproxima.
Assim sendo, posso designar-me e objectivar-me o que quiser, fico resguardada pela ambiguidade da questão e caracterizo-me pela nulidade virtual do que me concerne!
Há coisas fantásticas não há?

*do Lat. rotulu, rolo
s. m.,
letreiro que indica a natureza, fim ou destino do objecto a que está colado; dístico; etiqueta;ralo da porta ou janela;