Barcelona em 3 dias

Barcelona em sem dúvida uma cidade fantástica ou em dialecto local de puta madre, que se traduziria num português censurado como bestial. E bestial é mesmo a palavra e a familia em que se deve deambular porque em Barcelona há de tudo, sendo de bestial a besta e vice-versa.

Minha missão de 3 dias em Barça foi arranjar um sitio para morar. Missão falhada! Vi bastantes casas, alguns quartos e outras quantas despensas (com camas lá dentro!).

Estudantes portugueses são minoria comparados com italianos e alemães, vejamos a estatistica: em encontro "casual" com 100 pessoas todas elas não-barcelonesas, 50 são alemães, 30 são italianos, 10 sao franceses, o resto grupo é minoritário com espanhois, belgas, israelitas e portugueses.

Por isso resumo dos 3 dias:

mais de 30 km percorridos a pé entre casas, metros e autocarros.

festa até as 5 no primeiro dia no Moog

realidade das redondezas das ramblas, que é bairros de emigração pobres e com mesclas de paquistaneses, sul-americanos e mais de tudo um pouco.

perder um casaco sem saber como, aliás sabendo que quem anda 30 km a pé manda a energia p as pernas e não para o cerebro.

Episódio da viagem:

Estamos no terceiro dia em Barcelona e o avião parte as 20h. São 17h e vamos comer qualquer coisa, descansar todo o conjunto corpóreo em visionamento de batatas fritas.

Sentar numa mesa de uma Bocatta e cometer o erro estúpido de poisar a mala na cadeira do lado, como faço em Portugal todos os dias. Comer descansada durante 5 minutos, a companhia ausentar-se por momentos, olhar para o lado e PUF! Mala desaparecida!

Saltar da cadeira como num qualquer filme de acção e correr pelo restaurante a fora como uma verdadeira estrela dos 500 metros barreiras, com lances de escada à mistura e apanhar o ladrão da minha mala (BI incluido na mala!). Grunhir qualquer coisa em castellano quem em português se traduzidiria para um "devolve-me a mala imediatamente" e ver o ladrão a sorrir, com as suas belas ausências dentárias e a perdoar-se 3 vezes antes de sair a correr, deixando a mala comigo.

E chego a pensar 500 mil coisas mas fico-me pelo melodramático da practicidade: "só a mim!"