O corpo indizível
Estamos tão habituados a viver no mundo físico. Pensamos o que vemos e imaginamos o resto. A imaginação, de tão poderosa, distorce realidades e acaba por ser remetida ao irreal seu característico, ao sem significado do terra à terra.
Somos um corpo, quando acordamos é porque abrimos os olhos e quando andamos é porque conjuntamos os membros superiores e inferiores num swing de equilíbrio. Entramos numa sala e procuramos a cadeira mais confortável para o corpo, por ventura aquela que já conhecemos. Vivemos na segurança do mundo físico, procuramos o tal assento como se o sítio onde estamos nos definisse, talvez defina.
Ao sair pelas portas envidraçadas do hotel cerro os olhos da luminosidade que inunda o infinito. Está calor, olho a piscina e o colchão que sobre ela passeia ao sabor de uma brisa invisível, tanto calor convida sem dúvida à frescura da água e ao toque do sol sobre a pele, num balanceio suave em cima do ar aprisionado por um frágil plástico que constitui o colchão. Porque não?
Vejo-me sentada na espreguiçadeira e a imaginar o que seria estar ali no meio da piscina, ninguém está no pátio, desvio o olhar da piscina e encontro uma tabela de regulamentos, de longe que está não descodifico as letras mas os números que estão num tamanho aumentado assinalam e informam-me do horário de funcionamento, se não for agora não vou porque já não poderei.
Continuo sentada... é confortável esta espreguiçadeira e sinto-me bem neste limbo em que a decisão de ir ou não saborear o sol, a água e todo o desconhecido é minha. Aquela tabela de horário a pressionar-me começa a tirar-me do sério! O imediato ou nada?
Oiço um murmúrio, diz "vais olhando, e assim dizendo sem querer aquilo a que ponderancia te proibe dar voz"!
Nesse momento fico desconstruída, em xeque! O tempo pára e tudo me parece tão longe e igualmente tão perto. Estou sentada, a pensar no limbo onde me encontro..
Somos um corpo, quando acordamos é porque abrimos os olhos e quando andamos é porque conjuntamos os membros superiores e inferiores num swing de equilíbrio. Entramos numa sala e procuramos a cadeira mais confortável para o corpo, por ventura aquela que já conhecemos. Vivemos na segurança do mundo físico, procuramos o tal assento como se o sítio onde estamos nos definisse, talvez defina.
Ao sair pelas portas envidraçadas do hotel cerro os olhos da luminosidade que inunda o infinito. Está calor, olho a piscina e o colchão que sobre ela passeia ao sabor de uma brisa invisível, tanto calor convida sem dúvida à frescura da água e ao toque do sol sobre a pele, num balanceio suave em cima do ar aprisionado por um frágil plástico que constitui o colchão. Porque não?
Vejo-me sentada na espreguiçadeira e a imaginar o que seria estar ali no meio da piscina, ninguém está no pátio, desvio o olhar da piscina e encontro uma tabela de regulamentos, de longe que está não descodifico as letras mas os números que estão num tamanho aumentado assinalam e informam-me do horário de funcionamento, se não for agora não vou porque já não poderei.
Continuo sentada... é confortável esta espreguiçadeira e sinto-me bem neste limbo em que a decisão de ir ou não saborear o sol, a água e todo o desconhecido é minha. Aquela tabela de horário a pressionar-me começa a tirar-me do sério! O imediato ou nada?
Oiço um murmúrio, diz "vais olhando, e assim dizendo sem querer aquilo a que ponderancia te proibe dar voz"!
Nesse momento fico desconstruída, em xeque! O tempo pára e tudo me parece tão longe e igualmente tão perto. Estou sentada, a pensar no limbo onde me encontro..
13 Comments:
atira-te à pi-cina e diz que te empurrarem...(quem não tem cao, caça com gato :P)
acabei de falar c o segurança! :S
ou melhor falou ele comigo.. "a menina n pode estar aqui nesta zona! ou entra ou volta p o hotel!"
Gostei muito.
pé,
obrigada, volta sempre ;)
...de nada. Voltarei.
:)
juanita,
estás muda? gosto do sorriso de qq maneira! ;)
eu mergulharia na piscina de qualquer forma, não resistiria... não devemos pensar demasiado nestas ocasiões...pata não deixar que um qualquer segurança nos desvie...
preguiçar à beira de uma piscina ou num piano bar de hotel com vista sobre o mar, é algo que a primavera permite...
na Madeira há muito e está próxima a festa da flor, que é um regalo para os olhos e um convite ao dolce far niente como é bom flutuar!
;)
thiago,
ja mudei de poiso ;)
estou com os pezinhos dentro de água a baloiçar.. quando me sentir confortavel e ela me chamar atiro-me la para dentro!
segura,
como eu concordo contigo!
há um ano estava lá, na Madeira!
desta piscina também se vê o mar.. mas até ter pulmões para mergulhar no mar tenho que dar umas braçadas por aqui!
beijo
escapou-me alguma coisa: apanhada em xeque e ficas no limbo?
xeque mate
cheque sem cobertura
checka o texto
tou burra ou quê?
sem cantigas,
eh eh eh... pois eu estou, como dizia ao thiago, já num poiso diferente q é sentadinha à beira da piscina. e ela ali tão perto!
se aumentar o calor acho q o meu corpo vai sem mim ;)
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